Da prostituição na cidade de Lisboa

É inegável que a prostituição sempre existiu, mas nunca como no século XIX chegou a agitar tanto a paciência das correntes mais austeramente moralistas que sempre julgaram primar pelo «bom senso». Quase todos os grandes escritores naturalistas do século XIX se ocuparam da figura humana da pro...

Full description

Saved in:
Bibliographic Details
Main Author: Cruz, Francisco Ignácio dos Santos (auth)
Format: Electronic Book Chapter
Language:Portuguese
Published: Lisboa Etnográfica Press 1984
Series:Portugal de Perto
Subjects:
Online Access:DOAB: download the publication
DOAB: description of the publication
Tags: Add Tag
No Tags, Be the first to tag this record!

MARC

LEADER 00000naaaa2200000uu 4500
001 doab_20_500_12854_85352
005 20220701
003 oapen
006 m o d
007 cr|mn|---annan
008 20220701s1984 xx |||||o ||| 0|por d
020 |a books.etnograficapress.4633 
020 |a 9791036544552 
020 |a 9789722002318 
040 |a oapen  |c oapen 
024 7 |a 10.4000/books.etnograficapress.4633  |c doi 
041 0 |a por 
042 |a dc 
072 7 |a JHM  |2 bicssc 
100 1 |a Cruz, Francisco Ignácio dos Santos  |4 auth 
245 1 0 |a Da prostituição na cidade de Lisboa 
260 |a Lisboa  |b Etnográfica Press  |c 1984 
300 |a 1 electronic resource (363 p.) 
336 |a text  |b txt  |2 rdacontent 
337 |a computer  |b c  |2 rdamedia 
338 |a online resource  |b cr  |2 rdacarrier 
490 1 |a Portugal de Perto 
506 0 |a Open Access  |2 star  |f Unrestricted online access 
520 |a É inegável que a prostituição sempre existiu, mas nunca como no século XIX chegou a agitar tanto a paciência das correntes mais austeramente moralistas que sempre julgaram primar pelo «bom senso». Quase todos os grandes escritores naturalistas do século XIX se ocuparam da figura humana da prostituta: recordem-se Zola, Tolstoi ou Dostoyewsky. Todos eles matizaram com traços dramáticos a personagem frequentemente arrojada dos meios camponeses à vida urbana e empurrada pela miséria para a prostituição. Também a nossa literatura não deixa de evocar essa imortal personagem do quotidiano que é a prostituta. Abel Botelho consagrou-lhe o seu Livro d'Alda; Alfredo Gallis escreveu As Mulheres Perdidas; a Princesa de Boivão, de Alberto Pimentel, conta a história de uma pobre desventurada a quem o amante vingativo abre no corpo as « quatro letras ferreteantes » ; A Bandeira, de Lino Macedo, é mais uma historieta de uma pobre e desamparada cortesã; Rocha Martins dedica dois livros a cortesãs régias: A Madre Paula e a Flor da Murta, como Andrade Corvo já havia dedicado um à célebre Calcanhares : Um Ano na Corte. No teatro surgem, com o virar do último século, A Pérola, de Marcelino de Mesquita (à época proibida por «imoral») ; A Severa, de Júlio Dantas ; a Rosa Enjeitada, de D. João da Câmara, e o Fado, de Bento Mantua. Contudo, o primeiro estudo sério sobre a prostituição em Portugal apareceu em 1841, com o livro de Santos Cruz, Da Prostituição na Cidade de Lisboa, que temos o gosto de apresentar e que com tanta oportunidade surge agora a público. 
540 |a All rights reserved  |4 http://oapen.org/content/about-rights 
546 |a Portuguese 
650 7 |a Anthropology  |2 bicssc 
653 |a Portugal 
653 |a Lisboa 
653 |a história 
653 |a prostituição 
856 4 0 |a www.oapen.org  |u https://books.openedition.org/etnograficapress/4633  |7 0  |z DOAB: download the publication 
856 4 0 |a www.oapen.org  |u https://directory.doabooks.org/handle/20.500.12854/85352  |7 0  |z DOAB: description of the publication