Entre as palavras e a ação concreta. Crónica de uma gestão democrática da organização escolar

Criado com a publicação do Decreto-Lei n.º 75/2008, de 2 de abril, o Conselho Geral é apresentado como um desafio. A democratização da direção estratégica das escolas, entendidas como comunidades educativas, surge como um dos vetores retóricos declarados pela administração central, dando...

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Main Authors: Rosa Neto (Author), Ilídia Cabral (Author)
Format: Book
Published: Universidade Católica Portuguesa, 2022-02-01T00:00:00Z.
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520 |a Criado com a publicação do Decreto-Lei n.º 75/2008, de 2 de abril, o Conselho Geral é apresentado como um desafio. A democratização da direção estratégica das escolas, entendidas como comunidades educativas, surge como um dos vetores retóricos declarados pela administração central, dando conta de uma ação legislativa que pretende instituir uma governação partilhada, verticalmente, entre a administração central e as escolas e, horizontalmente, entre os membros que as integram. Com o objetivo de perceber como a intencionalidade revelada nas palavras do legislador é teatralizada pelo Nós que habita nas diferentes organizações escolares, realizámos uma investigação que adotou como sujeitos de estudo os membros do Conselho Geral de dois agrupamentos de escola de um mesmo concelho. Recorremos à metodologia de estudo de caso, conjugando várias técnicas de investigação: análise documental, entrevistas semiestruturadas e observação. Os dados recolhidos apontaram para duas ideias-chave: a perceção revelada pelos sujeitos do estudo de que o Conselho Geral, enquanto órgão de direção estratégica, não tem influência relevante na definição das linhas orientadoras da escola e a perceção de que a organização escolar é um ecossistema onde dominam os professores. Deste modo, a intenção do legislador em promover uma governação horizontalmente partilhada parece estar confinada ao reino das palavras, não tendo eco efetivo nas ações do Nós que habita nas escolas, comprometendo, assim, a democratização pretendida. É pertinente refletir sobre este desencontro entre as orientações para a ação e a própria ação, lembrando que entre o Nós e as palavras, parafraseando Mário Cesariny, existem sempre as paredes de Elsinore, lugar de imaginação e de fantasia, mas também espaço de reflexão e criatividade. 
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