Autopercepção de vulnerabilidade às doenças sexualmente transmissíveis e Aids em mulheres

• Main Authors: Mariângela F Silveira (Author), Jorge U Béria (Author), Bernardo L Horta (Author), Elaine Tomasi (Author)
• Format: Book
• Published: Universidade de São Paulo, 2002-12-01T00:00:00Z.
• Subjects: article
• Online Access: Connect to this object online.
• Notes: 1518-8787; 10.1590/s0034-89102002000700003
• Keywords: Doenças sexualmente transmissíveis; Síndrome de imunodeficiência adquirida; Conhecimentos, atitudes e prática; Percepção; Mulheres; Correr o risco; Comportamento sexual; Fatores de risco; Saúde da mulher; Public aspects of medicine; RA1-1270
• Source: Revista de Saúde Pública, Vol 36, Iss 6, Pp 670-677 (2002)

OBJETIVO: Investigar comportamentos de risco e autopercepção de vulnerabilidade às doenças sexualmente transmissíveis (DST) e à Síndrome de imunodeficiência adquirida (Aids) em mulheres. MÉTODOS: Dos 281 setores censitários existentes na cidade de Pelotas, RS, foram selecionados 48 a partir de amostragem sistemática. Foi entrevistada uma amostra de 1.543 mulheres, de 15 a 49 anos, por meio de questionário composto de três partes (informações socioeconômicas, perguntas aplicadas em entrevista, questionário auto-aplicado). Para tabulação dos dados, foi utilizado o programa Epi-Info, versão 6.0. Para análise estatística dos dados foram usados o teste de Kappa e a razão de odds. RESULTADOS: Na amostra, 64% das mulheres achavam impossível ou quase impossível adquirir DST/Aids. Os principais comportamentos de risco foram o não uso de preservativo na última relação antes do depoimento (72%); início das relações sexuais com menos de 18 anos (47%); uso de álcool ou drogas pelo parceiro (14%) ou pela mulher (7%) antes da última relação; dois ou mais parceiros nos três meses que antecederam o depoimento (7%) e sexo anal na última relação (3%); 44% das mulheres apresentaram dois ou mais comportamentos de risco. A sensibilidade da autopercepção, usando como padrão o escore de risco igual ou superior a dois, foi de 41 %. Sua especificidade de 67%. CONCLUSÕES: A autopercepção de vulnerabilidade não é um bom indicador, pois as mulheres não identificam corretamente seu nível de risco.