Doença e Tempo Illness and Time

Trata-se de um ensaio que procura estabelecer a propriedade da questão: "Faz sentido conceber a doença como um fenômeno que transcende as categorias da representação?" Destaca-se uma correspondência entre os fenômenos da representação e da espacialização. Representar passa a ser...

Full description

Saved in:
Bibliographic Details
Main Authors: Fernando S. P. Telles (Author), Henrique Antoun (Author), James B. Arêas (Author)
Format: Book
Published: Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz, 1993-09-01T00:00:00Z.
Subjects:
Online Access:Connect to this object online.
Tags: Add Tag
No Tags, Be the first to tag this record!
Description
Summary:Trata-se de um ensaio que procura estabelecer a propriedade da questão: "Faz sentido conceber a doença como um fenômeno que transcende as categorias da representação?" Destaca-se uma correspondência entre os fenômenos da representação e da espacialização. Representar passa a ser a atividade de definir uma trajetória que admite uma cronologia temporal de referência, onde um certo fenômeno é apresentado. O paradigma que define a "Anátomo-Clínica" e a Epidemiologia é considerado por nós como uma forma de representação ou espacialização da doença. Conclui-se ser possível o acesso a algo que se denomina "adoecer", que transcende a representação "Anátomo-Clínica" e epidemiológica, desde que, para tal, se admita a possibilidade de o conhecimento poder ser, também, construído fora do espaço, isto é, no tempo não-cronológico.<br>This paper attempts to establish the appropriateness of the question: "Does it make sense to conceive of illness as a phenomenon that transcends categories of representation?" A correspondence between the phenomena of representation and spatialization can be identified. Representation in this sense is the definition of a pathway that allows for chronological reference, in which a certain phenomenon is presented. We consider the paradigm that defines the Anatomical-Clinical domain and Epidemiology as a form of representation or spatialization of illness. We conclude that it is possible to approach the process called "becoming ill", which trancends anatomical-clinical and epidemiological representation, provided that we admit the possibility of constructing knowledge beyond space, i.e., in non-chronological time.
Item Description:10.1590/S0102-311X1993000300018
0102-311X
1678-4464