Exercicio físico e reinervação miocárdica em pós transplante cardiaco: revisão sistemática

O transplante cardíaco (TC) é a conduta cirúrgica padrão ouro para tratamento de insuficiência cardíaca (IC) refratária. A realização do procedimento cirúrgico implica na denervação autonômica completa do coração, prejudicando consequentemente o controle rápido da frequência cardía...

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Main Authors: Pedro Lucas de Oliveira Soares (Author), Ana Quenia Gomes da Silva (Author)
Format: Book
Published: Instituto Brasileiro de Pesquisa e Ensino em Fisiologia do Exercício, 2022-11-01T00:00:00Z.
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Description
Summary:O transplante cardíaco (TC) é a conduta cirúrgica padrão ouro para tratamento de insuficiência cardíaca (IC) refratária. A realização do procedimento cirúrgico implica na denervação autonômica completa do coração, prejudicando consequentemente o controle rápido da frequência cardíaca (FC), que permanece levemente elevada nestes pacientes. O exercício físico constitui uma alternativa coadjuvante no tratamento destes pacientes, promovendo benefícios como a melhora física e funcional, expressas pelo aumento do consumo máximo de oxigênio (VO2) e da tolerância ao esforço, entretanto o impacto do exercício no processo de reinervação autonômica cardíaca ainda não está bem elucidado. Desta forma, o objetivo desde estudo é avaliar se a prática regular de exercício físico influencia o processo de reinervação cardíacas pós transplante cardíaco. Trata-se de uma revisão sistemática, utilizando os descritores: Physical Exercise, Cardiac Autonomic Control e Heart Transplantation nas bases de dados SciELO e PubMed. Quatro artigos foram selecionados para a elaboração desta revisão, publicados entre os anos de 1996 a 2014. A prática regular de exercício não parece impactar o processo de reinervação que acontece de maneira parcial e fisiológica. Com base na literatura selecionada, os ganhos relacionados ao treinamento como, aumento do VO2 pico, redução da pressão arterial e aumento da tolerância ao esforço são predominantemente de origem periférica, sendo facilmente perdidos caso o paciente deixe de praticar o exercício. Dessa forma, o exercício físico se mostra benéfico para pacientes pós TC, mas não parece exercer influência na reinervação autonômica cardíaca.
Item Description:1981-9900