Substâncias tóxicas e tentativas e suicídios: considerações sobre acesso e medidas restritivas

OBJETIVO: O presente estudo se propôs estimar a frequência do uso das substâncias tóxicas como meio para tentativas e suicídio, como subsídios para a discussão sobre medidas preventivas e de restrição. MÉTODOS: Foram analisados dados presentes nos Sistemas de Informação sobre Mortalidade...

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Main Authors: Simone Agadir Santos (Author), Letícia Fortes Legay (Author), Giovanni Marcos Lovisi (Author)
Format: Book
Published: Instituto de Estudos em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2013-03-01T00:00:00Z.
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Summary:OBJETIVO: O presente estudo se propôs estimar a frequência do uso das substâncias tóxicas como meio para tentativas e suicídio, como subsídios para a discussão sobre medidas preventivas e de restrição. MÉTODOS: Foram analisados dados presentes nos Sistemas de Informação sobre Mortalidade (SIM) e de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH-SUS), período 1998-2009. As variáveis analisadas foram sexo, idade e causa básica (CID-10 X60-X69). RESULTADOS: Cerca de 70,0% dos indivíduos que tentaram suicídio (SIH-SUS) ingeriram substâncias tóxicas: medicamentos (46,2%), álcool (29,8%) e pesticidas (15,1%). O sexo masculino e o grupo etário de 30-49 anos predominaram. Quanto ao suicídio (SIM), destacaram-se as substâncias medicamentos (21,7%) e pesticidas (28,3%). As mulheres adolescentes predominaram (3:1). A frequência na ingestão de pesticidas não foi muito diferente entre homens (49,2%) e mulheres (42,7%), quanto ao uso de medicamentos, as mulheres se sobressaíram (28,9 versus 17,3%). CONCLUSÕES: As frequências observadas a partir dos dados oficiais indicaram um perfil jovem nas tentativas e suicídios por intoxicação principalmente por medicamentos psicotrópicos e agrotóxicos. As informações sobre estes meios utilizados permitiram a discussão sobre aceitabilidade social e acessibilidade como determinantes na escolha destes. Constatou-se a inexistência de planos estratégicos específicos para prevenção do suicídio e sim ações pontuais sobre fatores associados.
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