Comparação entre equações preditivas do gasto calórico de gestantes em repouso e exercício

• Egile Nagusiak: Rafael Mistura Fernandes (Egilea), Monica Yuri Takito (Egilea)
• Formatua: Liburua
• Argitaratua: Universidade Federal de Santa Catarina, 2015-12-01T00:00:00Z.
• Gaiak: article
• Sarrera elektronikoa: Connect to this object online.
• Notes: 1415-8426; 1980-0037; 10.5007/1980-0037.2015v17n6p713
• Keywords: exercício; gestantes; metabolismo energético; Sports; GV557-1198.995; Medicine (General); R5-920
• Source: Revista Brasileira de Cineantropometria e Desempenho Humano, Vol 17, Iss 6, Pp 713-721 (2015)

As alterações naturais características da gestação resultam no aumento do gasto energético das mulheres, tanto durante o repouso quanto durante o exercício. As equações de predição surgem como ferramentas práticas para facilitar a estimativa desse dispêndio de energia, importante ao equilíbrio energético adequado e saudável deste período. O estudo teve como objetivo analisar a confiabilidade de equações de predição do gasto calórico desenvolvidas para gestantes no repouso e na atividade física de intensidade leve quando comparadas à calorimetria indireta. Obteve-se o gasto calórico de 10 mulheres no segundo trimestre gestacional (23.5±3.7 semanas), durante o repouso e na caminhada (4 km/h) por calorimetria indireta, comparando-o com o valor obtido nas equações de Hronek para o repouso, e de Pivarnik para a caminhada. Para a comparação, foi realizado o coeficiente de correlação intraclasse (CCI) e a análise gráfica de Bland & Altman. Observou-se baixa correlação tanto para o repouso (CCI=0.531[-0.185; 0.814]) quanto para o exercício (CCI=0.124[-1.213; 0.653]). No repouso, houve tendência de superestimar o dispêndio energético diário conforme aumentaram os valores obtidos pela calorimetria indireta. No exercício, a tendência da equação foi de subestimar o gasto calórico da gestante conforme ele aumentava. Concluiu-se que as equações de predição analisadas apresentaram baixa correlação com a calorimetria indireta, superestimando o dispêndio energético diário no repouso e subestimando o custo calórico na caminhada. Assim, nem sempre ferramentas práticas e baratas como as equações preditivas podem ser utilizadas na prática profissional com segurança. Deve-se ter cuidado ao empregá-las, especialmente, para grupos com condições fisiológicas alteradas, como as gestantes.