Telefarmácia no Autocuidado apoiado em pessoas com Diabetes na Atenção Primária durante a Pandemia de Covid-19

Introdução: O atendimento à saúde por meio de intervenção telefônica vem sendo utilizado como alternativa às necessidades de cuidado no contexto da pandemia de COVID-19. As teleconsultas além de um instrumento efetivo na manutenção de medidas preventivas como o distanciamento social, também permitem...

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Main Authors: Nivia Tavares Pessoa de Souza (Author), Maria Marta de França Fonteles (Author), Reijane Maria Pinheiro Queiroz (Author), Nirla Rodrigues Romero (Author), Yasmin Nobre de Souza (Author), Eugênia Maria Rocha Oliveira (Author), Sinara Alves Tomás (Author)
Format: Book
Published: Instituto Nacional de Assistência Farmacêutica e Farmacoeconomia, 2023-01-01T00:00:00Z.
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Summary:Introdução: O atendimento à saúde por meio de intervenção telefônica vem sendo utilizado como alternativa às necessidades de cuidado no contexto da pandemia de COVID-19. As teleconsultas além de um instrumento efetivo na manutenção de medidas preventivas como o distanciamento social, também permitem a continuidade do cuidado pelos profissionais de saúde, serviço esse essencial quando se valia as adequações ocorridas dentro da Atenção Primária à Saúde relacionadas aos serviços farmacêuticos. Objetivo: Implementar a Telefarmácia para a prestação do autocuidado apoiado em pessoas com diabetes mellitus durante a pandemia de Covid-19. Metodologia: Tratase de uma pesquisa-ação, realizada em sete farmácias de um município do Nordeste, tendo como população-alvo pessoas com Diabetes mellitus acompanhadas pela Atenção Primária, com valores de hemoglobina glicada ≥9, considerando exames dos últimos 30 dias e com acesso à linha telefônica fixa ou móvel. Foram realizadas 6 teleconsultas com intervalo de 15/15 dias. Cada uma delas contava com instrumentos que visavam realizar o acompanhamento em relação aos hábitos de vida, acesso e uso de medicamentos, vacinação, adesão ao tratamento, além de intervenção e encaminhamentos. O usuário era convidado a participar das teleconsultas por meio do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Os dados da teleconsulta foram registrados em formulários eletrônicos e armazenados em planilhas.Resultados: A amostra inicial contou com 742 pacientes, destes 73% com idades de 50 a 74 anos e 74,6% do gênero feminino. Concordaram em participar do acompanhamento 393 pacientes (54,1%). A comorbidade associada mais prevalente foi hipertensão. Ao todo 97,4% acessavam os medicamentos via setor público. Sobre o automonitoramento da glicemia capilar, 69,6% referiram regularidade. Apenas 31,1% informaram prática de atividade física. Sobre a tomada dos comprimidos para diabetes, 72,1% referiu nunca esquecer, 83,2% nunca precisou interromper o tratamento por ter deixado acabar os comprimidos e 96,1% nunca interrompeu o tratamento se não orientado pelo médico. Durante as consultas as principais orientações foram: "realizar exercicio físico, fazer rodízio de aplicação de insulinas, cumprir horário das medicações, cuidados com os pés, realizar medida de glicemia com registro. Mantiveram-se em acompanhamento até a sexta consulta 24,1%. Desses 57,5% se consideraram muitos satisfeitos e 19% inferiu que o serviço atendeu as suas necessidades extremamente bem. O número de pacientes variou entre a primeira e a sexta teleconsulta devido desistência, mudança de telefone, dificuldade no contato ou saída dos pacientes do escopo estabelecido para a teleconsulta. Conclusão: A pesquisa possibilitou a otimização do tratamento medicamentoso e favoreceu um suporte de apoio emocional e terapêutico ao paciente. Essa estratégia foi bem recebida pelos usuários demonstrando o potencial da implantação da telefarmácia na Atenção Primária.
Item Description:10.22563/2525-7323.2022.v1.s1.p.39
2525-5010
2525-7323