INFECÇÃO POR COVID-19 DURANTE A GESTAÇÃO: AVALIAÇÃO DAS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS E DESFECHO GESTACIONAL

• Main Authors: Maria Eduarda Serafim Crispim (Author), Alice Cabral Frade (Author), Camila Araújo de Vasconcellos (Author), Jose Raimundo Ferreira Neto (Author), Marina Brandão Ramalho de Brito (Author)
• Format: Book
• Published: Faculdades Nova Esperança, 2020-03-01T00:00:00Z.
• Subjects: article
• Online Access: Connect to this object online.
• Notes: 10.17695/rcsnevol18n3p214-222; 2317-7160
• Keywords: infecções por coronavírus; complicações infecciosas na gravidez; manifestações clínicas; Public aspects of medicine; RA1-1270
• Source: Revista de Ciências da Saúde Nova Esperança, Vol 18, Iss 3, Pp 214-222 (2020)

A pandemia do novo coronavírus (SARS-CoV-2) e sua doença respiratória (COVID-19) logo tornaram-se uma ameaça global. Por tratar-se de uma nova doença, a busca por evidências que indiquem a avaliação e o manejo adequados, principalmente para os grupos de risco, torna-se imprescindível. Portanto, este trabalho objetiva elucidar e analisar os conhecimentos atuais sobre o impacto da contaminação pelo vírus durante a gestação para seu devido enfrentamento. Realizou-se uma revisão sistemática que teve como princípio norteador a análise das manifestações clínicas e complicações ocorridas nas gestantes infectadas por SARS-CoV-2. Para tal, foram utilizados os descritores: "Pregnancy" AND "Coronavirus", através das bases MEDLINE e SciELO. A partir dos critérios de inclusão e exclusão foram selecionadas 15 produções. As manifestações mais comuns foram similares às das mulheres não-gestantes: febre, fadiga, dispneia, mialgia e tosse. Entre divergências, notou-se a ocorrência de agravamentos, como a pré-eclâmpsia. Apesar dessas contradições na literatura e limitações quantitativas das amostras, as complicações gestacionais mais relatadas foram sofrimento fetal, ruptura prematura de membranas, partos prematuros e até mesmo morte fetal. Todavia, achados de transmissão vertical não foram observados. Apesar de significativo aumento na realização de cesáreas, as escolhas devem ser individualizadas, uma vez que a infecção por COVID-19 não é isoladamente indicativo de intervenção cirúrgica. Pontua-se que a maioria dos estudos são provenientes de regiões bem distintas cultural e demograficamente, mas o conhecimento e análise da literatura são essenciais para entendimento da doença e delineamento das condutas adequadas.