Uso de antimicrobianos em complicações ginecológicas e obstétricas de um hospital universitário

Introdução: Os antimicrobianos constituem uma das classes medicamentosas mais relevantes, comumente prescritas no ambiente hospitalar. Na atualidade, é crescente a preocupação com o seu uso disseminado, principalmente devido à emergência de cepas resistentes, associada ao aumento da virulência bacte...

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Main Authors: Elayne Cristina Gomes de Souza Barbosa (Author), Rilvanessa Chalegre da Silva Ataide (Author), Laís Silva de Vasconcelos (Author), Jordan Carlos Silva de Medeiros (Author), Gisele Araújo Rodrigues (Author), Celuane Alves Moura (Author), Felipe de Souza Silva (Author), Carolina Barbosa Brito Da Matta (Author)
Format: Book
Published: Instituto Nacional de Assistência Farmacêutica e Farmacoeconomia, 2023-02-01T00:00:00Z.
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Summary:Introdução: Os antimicrobianos constituem uma das classes medicamentosas mais relevantes, comumente prescritas no ambiente hospitalar. Na atualidade, é crescente a preocupação com o seu uso disseminado, principalmente devido à emergência de cepas resistentes, associada ao aumento da virulência bacteriana - e esse fato se estende ao atendimento obstétrico e ginecológico. Seu uso irracional está intimamente ligado ao aumento da prevalência de agravos que comprometem a evolução puerperal satisfatória, prolongam o tempo de hospitalização, aumentam os gastos com saúde e por vezes o desfecho clínico é o óbito. Desta maneira, a atuação do farmacêutico se configura como uma barreira importante neste processo, visto que o uso racional de medicamentos é uma preocupação mundial, principalmente com a classe dos antimicrobianos, pois estes influenciam não apenas o paciente em tratamento, mas todo o ecossistema onde ele está inserido. Objetivo: Apresentar os principais antimicrobianos utilizados em complicações ginecológicas e obstétricas e sua a indicação de uso, para pacientes internados em um hospital universitário. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal descritivo, com abordagem quantitativa, desenvolvido em um Hospital Universitário de grande porte. O instrumento de pesquisa foram as fichas de controle de antimicrobianos, recebidas pela Farmácia de Dispensação Individualizada das enfermarias de ginecologia e obstetrícia referente aos meses de Março e Abril de 2019, as quais são diariamente enviadas à Comissão de Controle de Infecção Hospitalar para avaliação. Os dados coletados incluíram idade, antimicrobiano prescrito e indicação do tratamento (se profilático ou terapêutico), estes foram analisados pelo software Microsoft® Excel 2010 onde, calculou-se média e frequência. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do hospital, sob o n°01206918.3.000.8807. Resultados: Foram analisadas 160 fichas, somando um total de 20 diferentes antimicrobianos prescritos, correspondendo a 133 pacientes. Nenhuma ficha do período escolhido foi excluída deste estudo, sendo que apenas 31 delas apresentaram o campo de idade preenchido. Verificou-se que a idade dos pacientes variou entre 18 a 85 anos, com uma média de 41,94. Dessas fichas, 46,88% (n=75) apresentavam indicação de uso terapêutico, 36,88% (n=59) como profilaxia e 16,25% (n=26) com indicação indefinida. Foi identificada a prevalência dos seguintes antimicrobianos: Clindamicina 25,00% (n=40), Gentamicina 22,50% (n=36) e Ampicilina 14,38% (n=23), seguido de Ciprofloxacino 11,88% (n=19), Cefalotina 9,38% (n=15), Piperacilina-Tazobactam 8,13% (n=13), Metronidazol 8,13% (n=13) e Azitromicina 6,25% (n=10). Conclusão: Estudos de utilização de antimicrobianos em populações específicas proporcionam o conhecimento de aspectos relacionados à qualidade da terapia, permitindo identificar problemas, implantar medidas corretivas e educativas, além de avaliar o impacto da adoção dessas medidas.
Item Description:10.22563/2525-7323.2019.v4.s1.p.114
2525-5010
2525-7323