Telematriciamento em saúde mental na pandemia de COVID-19

Problema: A demanda em saúde mental na Atenção Primária à Saúde (APS) é alta, e a capacitação das equipes para a detecção e o tratamento desses pacientes é fundamental, sendo o matriciamento, modelo de cuidado colaborativo desenvolvido no contexto brasileiro, uma ferramenta importante pa...

Full description

Saved in:
Bibliographic Details
Main Authors: Claudia Reis Miliauskas (Author), Camila Rocha (Author), Fabio Salomão (Author), Helena Ferraz (Author), Sandra Fortes (Author)
Format: Book
Published: Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, 2022-06-01T00:00:00Z.
Subjects:
Online Access:Connect to this object online.
Tags: Add Tag
No Tags, Be the first to tag this record!
Description
Summary:Problema: A demanda em saúde mental na Atenção Primária à Saúde (APS) é alta, e a capacitação das equipes para a detecção e o tratamento desses pacientes é fundamental, sendo o matriciamento, modelo de cuidado colaborativo desenvolvido no contexto brasileiro, uma ferramenta importante para a efetividade do cuidado em saúde mental na APS. Em março de 2020, com o isolamento social consequente à pandemia pelo novo coronavírus, houve necessidade de reorganização dos serviços. O objetivo deste artigo é descrever a experiência de telematriciamento e reorganização do apoio matricial em saúde mental em unidade da APS do município do Rio de Janeiro, nos primeiros meses de pandemia. Método: O Centro Municipal de Saúde Heitor Beltrão localiza-se na Zona Norte do Rio de Janeiro. Nos anos de 2017 a 2019, o matriciamento ocorreu por meio de consultas conjuntas, discussão de casos e grupo de psicotrópicos. No início da pandemia, o trabalho foi reorganizado em duas frentes: teleconsultas conjuntas síncronas e organização da lista de usuários com transtornos mentais. Resultados: Foram realizadas 50 teleconsultas conjuntas no período de 12 semanas, com média de 4,16 consultas/semana, sendo os diagnósticos mais frequentes transtornos depressivos e ansiosos seguidos de transtornos de personalidade e por uso de substâncias. O novo formato permitiu a manutenção do acesso de usuários da saúde mental ao serviço, a absorção de novos casos, a melhoria de acesso a usuários do grupo de risco para infecção por coronavírus e a continuidade do processo formativo em saúde com aquisição de novas competências e modernização do trabalho. As principais limitações foram a falta de equipamentos disponíveis e a dificuldade de acesso à internet. Conclusão: Esta experiência, desenvolvida em razão da pandemia de COVID-19, descreve os desafios e benefícios da utilização do telematriciamento e da criação da lista de usuários da saúde mental. Poderá auxiliar profissionais e gestores de outros serviços a desenvolver adaptações mais adequadas às realidades locais.  
Item Description:10.5712/rbmfc17(44)3116
1809-5909
2179-7994