Oligodramnia sem rotura das membranas amnióticas: resultados perinatais Oligohydramnios without premature rupture of membranes: perinatal outcomes
OBJETIVO: avaliar os resultados perinatais em casos de oligodramnia sem rotura de membranas amnióticas. MÉTODOS: foram estudados retrospectivamente 51 casos consecutivos de oligodramnia (índice de líquido amniótico (ILA) menor que 5 cm) em nascimentos ocorridos no período de março de 1998 a s...
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Format: | Book |
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Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia,
2005-02-01T00:00:00Z.
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520 | |a OBJETIVO: avaliar os resultados perinatais em casos de oligodramnia sem rotura de membranas amnióticas. MÉTODOS: foram estudados retrospectivamente 51 casos consecutivos de oligodramnia (índice de líquido amniótico (ILA) menor que 5 cm) em nascimentos ocorridos no período de março de 1998 a setembro de 2001. Compararam-se os dados obtidos aos de 61 casos com quantidade intermediária e normal de líquido amniótico (ILA >5 cm). Analisaram-se variáveis maternas e neonatais, bem como taxas de mortalidade fetal, neonatal precoce e perinatal. As avaliações estatísticas foram realizadas mediante a aplicação do teste não paramétrico do c² com a correção de Yates, e do teste t de Student. Adotou-se o nível de significância de 5%. RESULTADOS: não houve diferença significante entre os grupos estudados, ao se analisar a ocorrência de síndrome hipertensiva, presença de mecônio, índice de Apgar inferior a sete no primeiro e quinto minuto, internação na unidade de tratamento intensivo neonatal e prematuridade. A oligodramnia associou-se significantemente ao tipo de parto (p<0,0002; RR=0,32), sofrimento fetal agudo (p<0,0004; RR=2,2) e presença de malformações fetais (p<0,01; RR=5,4). Os percentuais de malformações fetais foram de 17,6 e 3,3% nos grupos de oligodramnia e normal, respectivamente. As taxas de mortalidade fetal (2,0 vs 1,6%), neonatal (5,9 vs 1,6%) e perinatal (7,8 vs 3,3%), em ambos os grupos, não apresentaram diferença significante. CONCLUSÃO: a oligodramnia se associou a um aumento do risco para operação cesariana, sofrimento fetal agudo e malformações fetais.<br>PURPOSE: to evaluate perinatal outcomes in cases of oligohydramnios without premature rupture of membranes. METHODS: a total of 51 consecutive cases of oligohydramnios (amniotic fluid index, AFI < 5 cm) born between March 1998 and September 2001 were studied retrospectively. Data were compared to 61 cases with intermediate and normal volume of amniotic fluid AFI >5). Maternal and neonatal variables, as well as fetal mortality, early neonatal, and perinatal mortality rates were analyzed. For statistical analysis the c² test with Yates correction and Student's t test were used with level of signicance set at 5%. RESULTS: there were no significant differences between groups when the presence of gestational hypertensive syndromes, meconium-stained amniotic fluid, 1- and 5-minute Apgar score, need of neonatal intensive center unit, and preterm birth were analyzed. Oligohydramnios was associated with the way of delivery (p<0.0002; RR=0.3), fetal distress (p<0.0004; RR=2.2) and fetal malformations (p<0.01; RR=5.4). Fetal malformation rates were 17.6 and 3.3% in oligohydramnios and normal groups, respectively. Fetal mortality (2.0 vs 1.6%), early neonatal (5.9 vs 1.6%) and perinatal mortality (7.8 vs 3.3%) rates in both groups did not show statistical significance. CONCLUSION: Oligohydramnios was related to increased risk factor for cesarean section, fetal distress and fetal malformations. | ||
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