O senso de pertencimento de deficientes visuais em relação aos pisos táteis

Esta pesquisa investiga a relação entre a utilização de pisos táteis e a conquista de mais liberdade, mais autonomia das pessoas com deficiência visual. Pretende-se compreender se a apropriação desse recurso para o deslocamento "mais livre e mais autônomo" implica o desenvolviment...

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Main Authors: Paulo Ricardo Ross (Author), Paulo Vinicius Tosin da Silva (Author)
Format: Book
Published: Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, 2013-12-01T00:00:00Z.
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Description
Summary:Esta pesquisa investiga a relação entre a utilização de pisos táteis e a conquista de mais liberdade, mais autonomia das pessoas com deficiência visual. Pretende-se compreender se a apropriação desse recurso para o deslocamento "mais livre e mais autônomo" implica o desenvolvimento do senso de pertencimento das pessoas cegas à sociedade, como cidadãos e como sujeitos de direito e de encontros. A pesquisa toma especificamente os modelos de pisos táteis empregados nos calçamentos de duas vias públicas, localizadas no centro da cidade: Rua XV de Novembro e Avenida Marechal Deodoro, sendo a primeira uma via exclusiva para pedestres, no trecho investigado, e a segunda destinada ao tráfego de veículos. Essas vias representam diferentes funções sociais e econômicas na cidade de Curitiba, as quais serão discutidas em relação aos modelos de pisos táteis aí construídos. A rua XV de Novembro representa o espaço do encontro das pessoas, a circulação para fins de lazer, a via de passagem e de ligação entre as Praças Santos Andrade e Osório, o espaço de visualização panorâmica dos principais acontecimentos, a circulação de pessoas de diferentes idades e classes sociais. Já a Avenida Marechal Deodoro é destinada ao trânsito de pessoas com o interesse de aquisição de produtos e serviços. Conceber espaços que contemplem o homem vitruviano consiste no desafio da inclusão urbana. Espaços acessíveis às diferentes formas de manifestação humana constituem um direito inalienável da pessoa para o exercício de sua liberdade fundamental de ir e vir, sua autonomia e sua independência como um sujeito. As entrevistas realizadas com pessoas com deficiência visual revelam a precarização e a insuficiência das estruturas arquitetônicas já conquistadas. Denunciam os limites à plena usabilidade e os obstáculos ao pertencimento à cidade, as barreiras para a subjetivação e apropriação do espaço urbano como lugar de sua objetivação.
Item Description:10.21723/riaee.v8i1.6481
1982-5587