Discursos de médicos de família brasileiros e italianos sobre autonomia na perspectiva bioética

Este artigo analisa discursos de médicos de família brasileiros e italianos sobre o potencial de impulsão à autonomia de sujeitos-usuários competentes cognitivamente nas decisões do cuidado, em ações de atenção primária à saúde, na perspectiva bioética. Pesquisa qualitativa de caráter...

Full description

Saved in:
Bibliographic Details
Main Authors: Rita de Cássia Gabrielli Souza Lima (Author), Marta Inez Machado Verdi (Author)
Format: Book
Published: Universidade de São Paulo, 2015-09-01T00:00:00Z.
Subjects:
Online Access:Connect to this object online.
Tags: Add Tag
No Tags, Be the first to tag this record!

MARC

LEADER 00000 am a22000003u 4500
001 doaj_87901b46c47c4f7091fc6b56bcdd95a7
042 |a dc 
100 1 0 |a Rita de Cássia Gabrielli Souza Lima  |e author 
700 1 0 |a Marta Inez Machado Verdi  |e author 
245 0 0 |a Discursos de médicos de família brasileiros e italianos sobre autonomia na perspectiva bioética 
260 |b Universidade de São Paulo,   |c 2015-09-01T00:00:00Z. 
500 |a 1984-0470 
500 |a 10.1590/S0104-12902015135282 
520 |a Este artigo analisa discursos de médicos de família brasileiros e italianos sobre o potencial de impulsão à autonomia de sujeitos-usuários competentes cognitivamente nas decisões do cuidado, em ações de atenção primária à saúde, na perspectiva bioética. Pesquisa qualitativa de caráter exploratório, realizada em 2007, em Florianópolis, Santa Catarina, Brasil, e na província de Roma, região Lazio, Itália, com 15 médicos de família brasileiros, 15 médicos de família italianos e um diretor sanitário do Serviço Sanitário Nacional (SSN), Itália. Foram utilizados como instrumentos de coleta entrevistas semiestruturadas e diário de campo. O tratamento e a sistematização do conteúdo das mensagens geraram duas categorias analíticas: "racionalidade biomédica versus racionalidade emancipatória" e "da condição histórica de menoridade ao desejo de ser autônomo". Em ambos os países, depoimentos revelaram: a) fragilidade na materialização da autonomia diante do imperativo biomédico contemporâneo de prevenir riscos probabilísticos; e b) movimentos emancipatórios geradores de estratégias concretas e simbólicas para o enfrentamento da desconstrução da prática médica, historicamente produzida através do lastro obediência. Discursos brasileiros apontaram os protocolos produtivistas, impostos por gestões, como instrumento de preservação de menoridades. Médicos de família italianos sinalizaram um maior reconhecimento de sujeitos-cidadão de direitos na condução do cuidado. A pesquisa revelou a necessidade de a APS brasileira dialogar com teorias das ciências humanas e investir em mecanismos de impulsão ao exercício ético para rever o sentido que vem ocupando a adoção da bipolítica de prevenção ao risco na continência da saúde concreta do tempo presente. 
546 |a EN 
546 |a PT 
690 |a Autonomia 
690 |a Atenção Primária à Saúde 
690 |a Brasil 
690 |a Itália 
690 |a Prevenção ao Risco 
690 |a Bioética 
690 |a Public aspects of medicine 
690 |a RA1-1270 
655 7 |a article  |2 local 
786 0 |n Saúde e Sociedade, Vol 24, Iss 3, Pp 1021-1032 (2015) 
787 0 |n http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-12902015000301021&lng=en&tlng=en 
787 0 |n https://doaj.org/toc/1984-0470 
856 4 1 |u https://doaj.org/article/87901b46c47c4f7091fc6b56bcdd95a7  |z Connect to this object online.