Trabalhadoras sexuais no marco pandêmico brasileiro: efeitos em e relações com a saúde

Resumo: Este trabalho apresenta os resultados do estudo Eu Quero é Mais! A Vida de Profissionais do Sexo Durante a Pandemia da COVID-19, integrante do programa de investigação comunitária EPIC. O estudo analisou os efeitos da pandemia nas vidas de trabalhadoras sexuais cis, trans e travestis em...

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Main Authors: Amanda de Mello Calabria (Author), Nicolas Lorente (Author), Michel de Oliveira Furquim dos Santos (Author), Ana Carolina Braga Azevedo (Author), Paula Galdino Cardin de Carvalho (Author), Daniel Dutra de Barros (Author), Gizelle Aparecida Oliveira (Author), Océane Apffel Font (Author), Silvana de Souza Nascimento (Author), Maria Amelia de Sousa Mascena Veras (Author), Daniela Rojas Castro (Author), José Miguel Nieto Olivar (Author)
Format: Book
Published: Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz, 2024-09-01T00:00:00Z.
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Summary:Resumo: Este trabalho apresenta os resultados do estudo Eu Quero é Mais! A Vida de Profissionais do Sexo Durante a Pandemia da COVID-19, integrante do programa de investigação comunitária EPIC. O estudo analisou os efeitos da pandemia nas vidas de trabalhadoras sexuais cis, trans e travestis em nove Unidades da Federação e 11 cidades brasileiras ao longo de 2020 e 2021. O artigo tem como foco o componente qualitativo do estudo baseado em entrevistas semiestruturadas realizadas de forma presencial e remota com 43 trabalhadoras sexuais, e seu cotejamento com o componente quantitativo. Os efeitos são analisados em relação com o marco pandêmico brasileiro, considerando as dimensões sociais, econômicas e políticas do vírus da COVID-19. Entre as temáticas chaves da análise, se destacam: casos de adoecimento, práticas localizadas de isolamento social, práticas de prevenção e gerenciamento de cuidado, vacinação individual e estratégias coletivas de vacinação. Compartilhamos também as respostas cotidianas e ativistas traçadas por trabalhadoras sexuais numa agenda política que se contrapõe à lógica individualista, familiarista, doméstica e neoliberal de isolamento, por meio de perspectivas comunitárias de cuidado, o que se desenhou como a única linha de ação em saúde para a categoria durante a pandemia. As ações coletivas reposicionam o trabalho sexual na interface entre a saúde pública e os direitos humanos e tomam como princípio os conhecimentos das ruas, desde os ativismos, e o poder de decisão delas próprias sobre seus corpos.
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