Análise de fake news veiculadas durante a pandemia de COVID-19 no Brasil
Objetivo. Caracterizar as fake news sobre COVID-19 que circularam no Brasil de janeiro a junho de 2020. Métodos. As fake news registradas até 30 de junho de 2020 em dois sites (G1, da corporação Globo, e Ministério da Saúde) foram coletadas e categorizadas de acordo com o seu conteúdo. Para c...
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Format: | Book |
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Pan American Health Organization,
2021-05-01T00:00:00Z.
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Summary: | Objetivo. Caracterizar as fake news sobre COVID-19 que circularam no Brasil de janeiro a junho de 2020. Métodos. As fake news registradas até 30 de junho de 2020 em dois sites (G1, da corporação Globo, e Ministério da Saúde) foram coletadas e categorizadas de acordo com o seu conteúdo. Para cada notícia enganosa, foram extraídos os seguintes dados: data de circulação, título, canal de divulgação (por exemplo, WhatsApp), formato da divulgação (por exemplo, texto, foto ou vídeo) e portal de registro. Os termos encontrados nos títulos das notícias falsas foram analisados no Google Trends para determinar se houve aumento de buscas no Google com utilização desses termos após a disseminação de uma determinada notícia enganosa. Foram também identificadas as macrorregiões brasileiras com maior porcentagem de aumento nas buscas utilizando os termos analisados. Resultados. Foram identificadas 329 fake news relacionadas à pandemia de COVID-19 nos sites estudados (253 no G1 e 76 no Ministério da Saúde). As fake news foram disseminadas principalmente através de WhatsApp e Facebook. As categorias temáticas mais frequentes foram: política (por exemplo, governantes falsificando a vacinação contra a COVID-19, com 20,1%), epidemiologia e estatística (proporção dos casos e óbitos, 19,5%) e prevenção (16,1%). Conforme o Google Trends, houve um aumento de 34,3% nas buscas que utilizavam termos presentes nas fake news. O maior aumento nas buscas ocorreu no Sudeste (45,1%) e Nordeste (27,8%). Conclusões. As fake news divulgadas durante os primeiros 6 meses da pandemia de COVID-19 no Brasil se caracterizaram por conteúdos de posicionamento político e desinformação sobre número de casos e óbitos e medidas de prevenção e de tratamento. Os principais veículos de divulgação foram o WhatsApp e o Facebook, com utilização de mensagens, imagens e vídeos, tendo maior alcance nas regiões Sudeste e Nordeste do país. |
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Item Description: | 1020-4989 1680-5348 10.26633/RPSP.2021.65 |