Muito além dos nutrientes: experiências e conexões com crianças autistas a partir do cozinhar e comer juntos

Este estudo indagou como ampliar a análise da alimentação de crianças autistas, considerada inadequada pela seletividade alimentar ou pela dificuldade de interação nos momentos das refeições, atribuídas a alterações no processamento sensorial e a dificuldades sociais, comunicativas e cogn...

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Main Authors: Bruna Muratti Ferraz de Oliveira (Author), Maria Fernanda Petroli Frutuoso (Author)
Format: Book
Published: Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz, 2021-04-01T00:00:00Z.
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520 |a Este estudo indagou como ampliar a análise da alimentação de crianças autistas, considerada inadequada pela seletividade alimentar ou pela dificuldade de interação nos momentos das refeições, atribuídas a alterações no processamento sensorial e a dificuldades sociais, comunicativas e cognitivas descritas no transtorno. A partir da perspectiva etnográfica, foi realizada observação participante, com registro em diários de campo, de oficinas culinárias com crianças/adolescentes autistas com vistas a analisar as relações que as crianças estabelecem com o alimento e os utensílios, com o espaço físico, entre elas e com adultos. Os registros foram analisados a partir da noção de experiência de Bondía e da Teoria Ator-Rede. Os dados produzidos mostraram singularidades na realização das tarefas de cozinhar e na aceitação das receitas. Algumas crianças não comeram os alimentos, mas cheiraram, lamberam e manipularam os ingredientes em momentos de experimentação, a partir da mediação dos profissionais, facilitadora da conexão das crianças com a comida e o comer. As interações estabelecidas com alimentos e utensílios apontam para a importância da comida e do cozinhar como mediadores da conexão das crianças com seus pares, com os adultos e com o mundo. Essa experiência rompeu com a valorização homogeneizadora das dificuldades de interação das crianças autistas e reforçou a comensalidade como ferramenta de construção de redes de cuidado. Pensar a alimentação dessas crianças em uma perspectiva ampliada é valorizar a subjetividade, a relação com o alimento e a interação entre pessoas nos momentos das refeições para além da compreensão biológica restrita aos nutrientes. 
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