Relação entre trabalho antes da epidemia e ter saído para trabalhar durante esse período entre participantes do Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros: resultados da iniciativa ELSI-COVID-19

Resumo: O objetivo do estudo foi examinar a prevalência e fatores associados a ter saído para trabalhar durante a epidemia da COVID-19, entre adultos com 50 anos ou mais que exerciam trabalho remunerado antes do seu início. Foram utilizados dados da segunda onda do Estudo Longitudinal da Saúde d...

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Main Authors: Camila Menezes Sabino de Castro (Author), Camila Teixeira Vaz (Author), Bruno de Souza Moreira (Author), Juliana Vaz de Melo Mambrini (Author), Juliana Lustosa Torres (Author), Luciana de Souza Braga (Author), Fabíola Bof de Andrade (Author), Maria Fernanda Lima-Costa (Author)
Format: Book
Published: Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz.
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Summary:Resumo: O objetivo do estudo foi examinar a prevalência e fatores associados a ter saído para trabalhar durante a epidemia da COVID-19, entre adultos com 50 anos ou mais que exerciam trabalho remunerado antes do seu início. Foram utilizados dados da segunda onda do Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros (ELSI-Brasil), conduzida por meio de entrevista face a face, entre agosto de 2019 e março de 2020 (antes do início da epidemia), em amostra nacional representativa de adultos com 50 anos ou mais, e dados obtidos por meio de entrevistas telefônicas realizadas entre esses participantes (iniciativa ELSI-COVID-19), conduzidas entre 26 de maio e 8 de junho de 2020 (durante a epidemia). As análises foram baseadas nas odds ratios (OR) estimadas pela regressão logística. A média de idade dos participantes foi 59,9 anos (DP = 6,5). A prevalência de ter saído para trabalhar nos sete dias anteriores foi de 38,4% (IC95%: 31,3-46,1), 50,2% entre os homens e 25,1% entre as mulheres (trabalho formal, por conta própria e informal). Os resultados mostraram que, entre os homens, a chance de ter saído para trabalhar foi menor entre aqueles de 60 a 69 anos em comparação com aqueles de 50 a 59 anos (OR = 0,27; IC95%: 0,15-0,48). Entre as mulheres, a probabilidade de ter saído para trabalhar foi menor entre aquelas que trabalhavam por conta própria (OR = 0,28; IC95%: 0,12-0,64) ou tinham vínculo informal de trabalho antes da epidemia (OR = 0,25; IC95%: 0,09-0,69), em comparação àquelas com vínculo formal de trabalho. Uma das hipóteses para explicar essa associação é que as mulheres com vínculo informal tenham sido dispensadas e aquelas que trabalhavam por conta própria tenham deixado de trabalhar durante a epidemia.
Item Description:1678-4464
10.1590/0102-311x00193320