Avaliação do efeito dos cuidados farmacêuticos em um grupo de pacientes com Hepatite C

Introdução: No Brasil, cerca de três milhões de pessoas tem sorologia positiva para Hepatite C. Recentemente, novas terapias têm proporcionado maior efetividade, segurança e conveniência no tratamento de pacientes com hepatite C. Contudo, poucos estudos comparam as diferenças entre as farmacoterapia...

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Main Authors: Marcos Cardoso Rios (Author), Pollyanna Farias Castro Pereira de Lyra (Author), Barbara Manuella Cardoso Sodré Alves (Author), Letícia Santos Prates (Author), Alex Vianey Callado Franca (Author), Lucindo José Quintans Jr (Author), Divaldo Pereira de Lyra Jr (Author)
Format: Book
Published: Instituto Nacional de Assistência Farmacêutica e Farmacoeconomia, 2023-01-01T00:00:00Z.
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Summary:Introdução: No Brasil, cerca de três milhões de pessoas tem sorologia positiva para Hepatite C. Recentemente, novas terapias têm proporcionado maior efetividade, segurança e conveniência no tratamento de pacientes com hepatite C. Contudo, poucos estudos comparam as diferenças entre as farmacoterapias a partir dos benefícios dos cuidados farmacêuticos. Objetivo: Avaliar os cuidados farmacêuticos em um grupo de pacientes com hepatite C. Métodos: Foram analisados 219 prontuários médicos e farmacêuticos de pacientes atendidos em um centro de referência do Estado de Sergipe, de 2000-2015. A identificação dos problemas relacionados aos medicamentos foi realizada por meio do método Pharmacist´s Workup of Drug Therapy, sendo classificados em sete tipos e agrupados em quatro categorias (necessidade, efetividade, segurança e adesão). Os esquemas terapêuticos utilizados por pacientes em tratamento da hepatite C no Estado de Sergipe empregaram Interferon Pegilado + Ribavirina e Interferon Pegilado + Ribavirina + Inibidores de Protease (Boceprevir e/ou Telaprevir). Resultados: Ao longo do estudo foi observado o uso de 93 fármacos diferentes, sendo 1,47 a média por paciente. Os pacientes que utilizaram a terapia mais recente apresentaram maior chance de cura (70%) que os usuários da terapia habitual. Os fármacos mais utilizados foram paracetamol (17,7%) e loratadina (6,3%) quando houve necessidade de tratamento adicional. A terapia adicional foi requerida em 62,4% dos tratamentos realizados. Quanto à segurança, a média de efeitos colaterais foi de 6,7/paciente (intervalo foi de 0 a 29 sintomas clínicos), resultando em alterações de doses e interrupção da farmacoterapia (n=82). Após as intervenções farmacêuticas, 21 (9,6%) dos pacientes que apresentaram efeitos colaterais tiveram o tratamento suspenso permanentemente. A análise dos prontuários permitiu ao farmacêutico identificar que dos pacientes que tiveram o tratamento suspenso definitivamente, apenas 12 tiveram recomendação clínica. A terapia assistida em pólo aplicador pode ter sido o motivo do alto grau de adesão ao tratamento observada neste estudo. Embora mais efetivo, o tratamento atual é considerado complexo, apresentando variabilidade nos resultados dos pacientes tratados com farmacoterapias de outras gerações. Assim, o farmacêutico precisou dar maior atenção aos casos em que houve mudança de formas farmacêuticas e vias de administração, aumentando a segurança dos pacientes. Conclusão: Os dados obtidos sugerem que os cuidados farmacêuticos podem contribuir para a identificação de problemas relacionados aos medicamentos e a realização de intervenções que melhoram a segurança de pacientes com hepatite C, principalmente quando usam terapias adicionais.
Item Description:10.22563/2525-7323.2018.v3.s1.p.26
2525-5010
2525-7323