Ações Educativas para Postergação do Início da atividade sexual de adolescentes na Prevenção da Gravidez: uma Revisão Sistemática

Introdução: Estima-se que 10 milhões de gestações indesejadas em adolescentes ocorrem todos os anos em países em desenvolvimento, tendo consequências sociais, econômicas e na saúde. Ações educativas, que utilizam conhecimentos estruturados sem necessidade de alta tecnologia, representam tecnologias...

Full description

Saved in:
Bibliographic Details
Main Authors: Inajara Rotta (Author), Aline Teotonio Rodrigues (Author), Brígida Dias Fernandes (Author), Dênis Satoshi Komoda (Author), Fernanda Stumpf Tonin (Author), Isabela Pina Meza (Author), Maryana Albino Clavero (Author), Tácio de Mendonça Lima (Author)
Format: Book
Published: Instituto Nacional de Assistência Farmacêutica e Farmacoeconomia, 2023-01-01T00:00:00Z.
Subjects:
Online Access:Connect to this object online.
Tags: Add Tag
No Tags, Be the first to tag this record!
Description
Summary:Introdução: Estima-se que 10 milhões de gestações indesejadas em adolescentes ocorrem todos os anos em países em desenvolvimento, tendo consequências sociais, econômicas e na saúde. Ações educativas, que utilizam conhecimentos estruturados sem necessidade de alta tecnologia, representam tecnologias leve-duras, sendo sua avaliação importante no fornecimento de subsídios para a tomada de decisão em saúde. Desta forma, há a necessidade de se identificar as estratégias focadas na postergação do início da atividade sexual por adolescentes, que podem contribuir na redução dos casos de gestação precoce. Objetivos: Sintetizar as evidências científicas disponíveis sobre estratégias focadas na postergação do início da atividade sexual de adolescentes na prevenção da gravidez. Métodos: Foram realizadas buscas sistemáticas nas bases Medline, Scopus, PsycINFO, CINAHL Plus, ERIC e LILACS, a fim de identificar estudos intervencionais publicados a partir de 2010 em caracteres romanos, avaliando intervenções focadas no retardo do início da atividade sexual de adolescentes na redução de casos de gestação. Dois autores independentes realizaram a seleção dos estudos e extração de dados. Resultados: Foram recuperados 7161 artigos nas bases de dados, após exclusão das duplicatas, dos quais 128 foram incluídos para leitura na íntegra. Destes, 51 foram selecionados para integrarem as análises. A maior parte dos estudos foi conduzida nos Estados Unidos (73%), seguido de países africanos (14%). Do total de estudos, 76% foram experimentais e 24% quase-experimentais, com tamanho amostral variando de 24 a 19289 participantes. A grande maioria das intervenções (74%) foi abrangente, incluindo orientações sobre saúde sexual e reprodutiva, enquanto 26% delas focaram exclusivamente na postergação do início da atividade sexual. Os componentes das estratégias incluíram aulas expositivas, debates, dramatizações, jogos eletrônicos, oficinas, diários e simuladores infantis realistas. Destaca-se que a descrição das intervenções muitas vezes não estava satisfatória. As intervenções foram providas predominantemente em escolas (86%), de forma presencial (90%), e em grupos (73%), por professores (25%), facilitadores (22%), educadores em saúde (20%) e profissionais de saúde (12%). O beneficiário da intervenção foi exclusivamente o adolescente em 90% dos estudos. Em 94% dos estudos foi avaliado o desfecho de abstinência sexual ou intenção em manter-se abstinente, enquanto 20% deles avaliaram redução no número de casos de gestação. Conclusão: Os estudos incluídos demonstraram estratégias educativas heterogêneas, incluindo diferentes componentes, conduzidos em distintos locais e providos a uma diversidade de adolescentes por distintos protagonistas. Sendo assim, destaca-se a importância dos autores descreverem de forma detalhada as intervenções realizadas, bem como torna-se relevante identificar quais componentes das intervenções são mais efetivos na prevenção da gravidez na adolescência.
Item Description:10.22563/2525-7323.2022.v1.s1.p.51
2525-5010
2525-7323