Recomendações para a Atenção Domiciliar em período de pandemia por COVID-19

• Main Authors: Leonardo Cançado Monteiro Savassi (Author), Gustavo Valadares Labanca Reis (Author), Mariana Borges Dias (Author), Lidiane de Oliveira Vilela (Author), Marco Túlio Aguiar Mourão Ribeiro (Author), Mara Lúcia Renostro Zachi (Author), Mônica Regina Prado de Toledo Macedo Nunes (Author)
• Format: Book
• Published: Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, 2020-08-01T00:00:00Z.
• Subjects: article
• Online Access: Connect to this object online.
• Notes: 10.5712/rbmfc15(42)2611; 1809-5909; 2179-7994
• Keywords: Serviços de Assistência Domiciliar; Atenção Primária à Saúde; Infecções por Coronavírus; COVID-19.; Medicine (General); R5-920; Public aspects of medicine; RA1-1270
• Source: Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, Vol 15, Iss 42 (2020)

A pandemia da COVID-19 trouxe como uma de suas consequências a necessidade de reorganização dos sistemas de saúde. A Atenção Domiciliar (AD) se apresenta como opção para: interromper a transmissão; identificação precoce e cuidado de pacientes infectados; possibilidade de alta precoce e continuidade do cuidado fora do hospital; além da orientação aos familiares. Este artigo apresenta as possibilidades de cuidados no domicílio pelas equipes de Atenção Primária à Saúde (APS) e de AD e os cuidados necessários que estas equipes devem ter ao realizar seu trabalho. É necessário manter pessoas seguras em casa, evitar a exposição ao risco, manter o papel de vigilância e cuidado das que dependem da AD, e as equipes devem reorganizar o processo de trabalho para um cuidado domiciliar efetivo. Na APS o cuidado remoto parece ser uma alternativa viável pelos agentes de saúde para o monitoramento, orientação e seguimento dos pacientes, deixando a visita domiciliar com a equipe para aqueles casos indicados. AD na suspeita ou confirmação da COVID-19 é possível, desde que a equipe esteja treinada, disponha de todos os Equipamentos de Proteção Individuais (EPI) necessários e o ambiente domiciliar compatível. Deve-se garantir continuidade do cuidado para pessoas com doenças crônicas durante a pandemia necessitam, sendo possível equacionar ferramentas da telemedicina e cuidado presencial caso a caso. Para os pacientes que foram hospitalizados e evoluíram satisfatoriamente é possível avaliar a continuidade do cuidado no domicílio sob acompanhamento da APS e AD. Devem ser instituídas medidas de precauções para a equipe e pacientes, garantindo que todos os profissionais sejam capacitados para uso de EPI, além de orientações para prevenção da transmissão de agentes infecciosos no domicílio. AD é essencial para acesso a pessoas com condições agudas, descompensação de doenças crônicas, tendo o desafio da organização do serviço utilizando a telessaúde e cuidados domiciliares de forma racional.