GESTÃO MEDICAMENTOSA, CONHECIMENTO SOBRE MOTIVO DE INTERNAÇÃO E CAPACIDADE DE PEDIR AJUDA EM CRISE PSIQUIÁTRICA

Introdução: A Lei 10.216/2001 estabelece a reforma psiquiátrica no Brasil e restringe a internação psiquiátrica, visando garantir os direitos das pessoas com transtornos mentais. O fortalecimento da autonomia é essencial para influenciar a adesão ao tratamento e reduzir as reinternações. O...

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Main Authors: Najla da Cunha El Jundi (Author), Anderson Borges Ferreira (Author), Leonardo Silva Martins (Author), Juliana Unis Castan (Author)
Format: Book
Published: Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2024-07-01T00:00:00Z.
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Summary:Introdução: A Lei 10.216/2001 estabelece a reforma psiquiátrica no Brasil e restringe a internação psiquiátrica, visando garantir os direitos das pessoas com transtornos mentais. O fortalecimento da autonomia é essencial para influenciar a adesão ao tratamento e reduzir as reinternações. Objetivo: Identificar o conhecimento quanto ao motivo da internação psiquiátrica e o grau de autonomia quanto à gestão dos medicamentos e à capacidade de pedir ajuda em situação de crise psiquiátrica, em pacientes internados em hospital universitário.  Metodologia: Trata-se de estudo transversal, realizado em uma internação psiquiátrica de um hospital geral universitário em uma capital do sul do país. A amostra foi constituída por pacientes que internaram na unidade psiquiátrica pelo Sistema Único de Saúde no período de agosto a dezembro de 2021. Foram excluídos pacientes em reinternações e internações com menos de 24 horas. Foi aplicado questionário em formato de entrevista, com questões sobre características sociodemográficas e a Escala de Avaliação Psicossocial. As respostas foram analisadas no Statistical Package for Social Science for Windows (SPSS), pela estatística descritiva. Resultados: Participaram do estudo 91 pacientes. Apesar de em torno de 90% dos pacientes verbalizar compreender o motivo de sua internação, 28,6% não sabe a quem recorrer quando necessitam de ajuda e 31,9% não sabe nomear os fármacos que lhe foram prescritos. Quase metade da amostra declarou precisar de auxílio (18%) ou depender totalmente de terceiros (27%) para gerenciar seu tratamento medicamentoso. Conclusão: Os achados do estudo apontam para uma assistência caracterizada pela equipe de saúde assumindo o lugar de protagonista do cuidado e detentora do saber, e deixando o indivíduo com transtorno mental em um lugar passivo, como recebedor de cuidados. Sugere-se a implementação de estratégias que visem a autonomia e a participação crítica e ativa do indivíduo no seu tratamento.
Item Description:2525-507X
10.54909/sp.v8i2.140179