Travestis brasileiras: modos de subjectivação e exclusão a partir da morfologia discriminatória do estado não laico de Bolsonaro
O Estado laico, é uma conquista política e de autonomização dos cidadãos perante o metafísico. Porém, pensar que as dinâmicas de poder se esgotam na legitimidade metafísica, redunda numa utopia. Os Estados nação clássicos, assentes em território, população e soberania, lançam os alic...
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Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ),
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520 | |a O Estado laico, é uma conquista política e de autonomização dos cidadãos perante o metafísico. Porém, pensar que as dinâmicas de poder se esgotam na legitimidade metafísica, redunda numa utopia. Os Estados nação clássicos, assentes em território, população e soberania, lançam os alicerces das identidades nacionais ao estabelecer fronteiras. Surge o imigrante, produzido como ilegal, sem papéis ou indocumentado. Paralelamente, assim como as geografias e suas porosidades selectivas, produzem categorias, também o corpo e o género são produzidos a partir da estrutura, como heteronormativos. A heteronormatividade tem também as suas fronteiras, para além das quais surge o corpo ou o género ilegal e, como sansão, o não lugar social. Cumulativamente, quando ao poder político e simbólico das fronteiras dos Estados, se junta a moral religiosa do Estado não laico (de Bolsonaro), acentua-se a violência sobre aqueles que as Trans(-)puseram, como é o caso das Travestis. O único caminho, poderá ser a emigração forçada ou, como afirmamos neste artigo, a deportação do cidadão representado como ilegal e fora da ordem no seu próprio país. | ||
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